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Justiça divina

Essa é uma história de dois opostos. Breno e Murilo não tinham rigorosamente nada em comum. Breno nasceu em berço de ouro, uma família de muito poder e um caráter duvidoso. Murilo fora uma criança carente, abandonada pelos pais e com problemas de saúde. Breno nunca pensou no próximo, nunca abaixou a cabeça pra ninguém e sempre passou por cima de tudo e todos. Murilo não teve muitas chances, passou metade da vida em uma cadeira de rodas e nunca foi muito além dos muros do seu orfanato. Breno conheceu o mundo, teve várias mulheres, fez muita gente sofrer e chegou até mesmo a matar. Murilo nunca fez mal se quer a uma mosca, sempre fora uma criança obediente, um adolescente estudioso, um adulto resignado. Breno fez fortuna, multiplicou o patrimônio da família, construiu seu império e nunca ajudou ninguém. Murilo fez trabalho voluntário, entrou para a igreja e trabalhou como missionário. Breno morreu aos 93 anos, uma vida regada a luxúria, posse e ostentação. Murilo morreu aos 38, vítima de um câncer contra o qual lutou por 4 anos. Talvez, em casos como esse, algumas perguntas vêem a cabeça: Onde está a justiça desse mundo? Porque certas coisas horríveis acontecem com pessoas que não merecem? Como um Deus tido como justo e misericordioso pode deixar tamanha injustiça acontecer? Porque um homem como Breno pode ter uma vida duradoura, banhada a dinheiro e poder, e um homem como Murilo possa ter uma vida com tanta dor e provação? É simples e eu lhe explico. O que você ignora é que, nesse caso, Breno e Murilo são uma mesma “pessoa”, em vidas diferentes. Breno teve tudo, não aproveitou a oportunidade e precisava pagar por isso. Precisou de uma vida inteira de provações tamanha era sua dívida. Como Murilo ele aprendeu e evoluiu imensamente. Todos nós temos pendências que deixamos para trás. Uma hora ou outra a conta será cobrada. Jamais conteste a justiça divina, ela é precisa e implacável. Ninguém é submetido a um fardo que não tenha que carregar. É esse o caminho da evolução.


19 de agosto de 2013

3 respostas para “Justiça divina”

  1. sheila lima disse:

    meu deus.. quem é vc?? rs…
    vc simplesmente explicou em um texto pequeno oq as pessoas demoram anos a aprender…
    parabéns…

  2. carla disse:

    luxúria e ostentação é evolução? ouso discordar…

    • Isabel Viso disse:

      Desculpe, mas você não entendeu. Eu sei que é difícil para quem não é Espírita entender como funciona a lei de reencarnação. No texto a evolução é o fato de termos de percorrer outros caminhos, em outras encarnações, até resgatarmos tudo de bem e de mal que praticamos. O primeiro agiu mau e após algum tempo volta a reencarnar já mais instruído, sabendo o que fez de errado e se propondo a não errar mais. Corrigindo nossas más tendências, vida após vida, vamos evoluindo.

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