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Os Nostalchatos

 Nostalgia, como o próprio dicionário define, nada mais é que: um termo que descreve uma sensação de saudade idealizada, e às vezes irreal, por momentos vividos no passado associada com um desejo sentimental de regresso impulsionado por lembranças de momentos felizes e antigas relações sociais. Como podemos observar, trata-se de um sentimento comum do ser humano. Nada mais natural do que ter saudade e querer valorizar e relembrar os bons momentos já vividos. Até aí tudo bem. Porém, esse sentimento puro e natural tem sido o precursor de uma sociopatia que cada vez mais tem se ploriferado em nossa sociedade: os Nostalchatos. O termo “Nostalchato” derivada da expressão Nostalchatice, também conhecida como SMNP, Síndrome de Meia Noite em París, referência a obra cinematográfica inspirada nesse tema. Trata-se de indivíduos essencialmente carentes e solitários, que só conseguem dar valor as coisas do passado e pré-julgam tudo que é novo como sendo menos valoroso, simples e unicamente porque para o Nostalchato, nada que é atual presta. Aliás, algumas coisas podem até prestar, mas nunca atingirão o nível dos antecessores. Reconhecer um Nostalchato não é tarefa complicada. Eles estão por todos os lugares e fazem questão de deixar claro que são parte desse grupo em toda e qualquer discussão. O Nostalchato adora falar do passado, tem um discurso repetitivo e acredita que tudo que é antigo é imensamente superior. Os esportistas de antigamente eram melhores, as bandas de antigamente eram melhores, o filmes de antigamente, as novelas, os atores, os seriados, as festas, os shows, as músicas, as boates e os livros. Expressões do tipo “no meu tempo”, “old school”, “na minha época” e “não se fazem mais como antigamente” são recorrentes nas falas de um Nostalchato. Todo lugar foi legal até o exato momento em que ele deixou de ir lá. A antiga escola era mais bacana na época dele e a faculdade acabou depois que ele saiu. O que o Nostalchato não admite é que o tempo passa, os gostos mudam, e as coisas que tinham sentido em determinado momento podem mudar. Outra característica marcante de um Nostalchato é a de achar que foi sempre ele o primeiro a descobrir todas as coisas legais do universo. Assim como ele também odeia quando algo que ele goste se torna popular. Não podemos esquecer de mencionar que o Nostalchato tem a incoerência como uma das suas marcas registradas. É comum você ver um indivíduo desses criticando algo que ele elogiou ou exaltando algo que no passado ele disse ser muito ruim. Tudo depende de como o resto da sociedade enxerga o fato, porque a verdade seja dita, um Nostalchato adora ser do contra e se sentir fora do sistema. Veja bem meu amigo, não é que as bandas adolescentes atuais não prestem, é que o senhor não é mais um adolescente. Compreende? Também como não é que os desenhos da sua época eram melhores, é que você não está mais na fase de ver desenhos. As boates e as festas continuam iguais, você que talvez não tenha mais idade para isso. A escola continua divertida ou chata, dependendo do referencial, exatamente como era na sua época. Assim como todas as outras coisas. Não é tão complicado de entender. Essencialmente caros leitores, o que um Nostalchato precisa é de atenção, e da sua ajuda. Se você se identificou com uma ou mais partes desse texto, muito cuidado, o Alerta Nostalchato foi ativado. Claro que se isso aconteceu o seu caso ainda é remediável, uma vez que um Nostalchato autêntico nunca vai se reconhecer como tal. Agora se você conhece alguém que tenha essas exatas características, por gentileza indique o filme “Meia noite em Paris” para esse cidadão, um CD da Maria Gadú ou do Arctic Monkeys, uma camisa do Neymar e o Box completo de Breaking Bad, juntamente com esse texto, e vamos ajudar esses pobres seres a se libertarem dessas algemas que os prendem ao passado. O mundo se renova a cada dia e é ignorância se fechar para o que é novo. Foi como escreveu Belchior a um tempo atrás, imortalizado na voz de Elis Regina: “É você que ama o passado e que não vê que o novo sempre vem.” Sempre vem.


4 de novembro de 2013

3 respostas para “Os Nostalchatos”

  1. Júlia disse:

    Grandiosas referências ^^

  2. Karine disse:

    Vou parar de ler seus textos antes que eu me apaixone por vc kkk’

  3. Nynna disse:

    Caro autor que tanto admiro…
    Prazer! “Nostalchata” de carteirinha.. (rsrsr)
    Não que eu tenha um coração rancoroso.. Que nada! Desde que não me obriguem à ouvir Restart, à apreciar a filosofia que é a letra de um funk brasileiro, à assistir ao programa “esquenta” nas tardes de Domingo. Desde que admitam que estamos vivendo atualmente em meio a uma decadência cultural em nosso país (tanto na música, quanto no comportamento). Desde que assumam que os valores morais se perderam. O que antes era de extrema importância seguir, hoje é banal. Salvem-se quem puder!!!
    Sou RELAX, tenho 23 anos, uma ligação muito forte com os anos 80, e claro, o Heavy Metal pulsando em minhas veias com mt orgulho, obg! 😉 rsrs

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