Lorena sempre foi uma mulher nada convencional. Não que ela fosse do contra, a coisa era bem mais simples. Lorena simplesmente só gostava do que gostava, e não do que os outros diziam que era legal. Na escola, quando ainda criança, era a única que adorava a aula de Geometria e foi a primeira a usar um All Star. Isso até que as outras garotas começassem a usar, aí ela mudou. Lorena mudava sempre. De casa, de estilo, de ideia, de cabelo e de opinião. Enquanto as garotas assistiam à TV, Lorena ouvia Beatles. Enquanto comentavam dos meninos da escola e os garotos comentavam dela, ela namorava seu livro de Astrologia. Lorena sempre teve muita sede de viver. Fez sua primeira tatuagem aos 14 anos e, no ano seguinte, trocou sua festa de 15 por uma viagem. A mãe queria que ela fosse para a França, os amigos sugeriram os EUA, mas Lorena preferiu o Egito. Aprendeu a dirigir antes mesmo de ter habilitação, formou-se em mandarim, fez um intercâmbio na Jamaica, largou as faculdades de Direito e de Odonto pela metade e trancou a de Publicidade por dois anos, quando foi morar em uma tribo na América Central. Namorou sério, formou-se, raspou os cabelos, terminou, paquerou, fez farra, morou junto, morou sozinha, viveu de favor, conheceu o mundo, teve um filho, adotou outro, comprou seu apê. Teve uma banda, um gato, um trailer, uma moto, um jabuti, uma radio, um time de baseball, um bar, oito cachorros, uma fazenda, um caiaque, uma empresa de turismo, um apartamento na praia, uma vida. Lorena fez de tudo, tudo mesmo, menos o que todos esperavam que ela fizesse. Quebrou as regras, fugiu do convencional, seguiu a sua verdade e foi absolutamente feliz. Hoje Lorena é uma senhora de olhar risonho que às vezes encontro sentada lendo um livro na esquina da rua de casa. De vez em quando, quando me sobra um tempo, gosto de sentar para ouvir suas histórias. Quando lembro das escolhas de Lorena, paro para pensar sobre as minhas e as de cada um de nós. Se aquilo é viver, aquela intensidade, aquela autenticidade, aquela sede, aquele brilho nos olhos, então o que eu ando fazendo afinal? E o que dizer de você que está lendo este texto? Quanto da Lorena existe aí dentro? Quem você é quando não está tentando ser outro alguém? Quantos dos seus planos deixarão de ser sonhos algum dia? Como você seria se o mundo não tivesse te ensinado a ser como é? O que vai ter para contar quando um jovem te parar em uma esquina daqui alguns anos? A vida nada mais é do que uma sucessão contínua de escolhas e a dor de viver talvez seja exatamente tomar essas decisões, abdicar do resto e ter de conviver com as consequências. Não deixe que ninguém decida sua vida. Ela é sua e passa muito rápido. Passou para Dona Lorena, mas ela soube bem o que fazer com ela.
Nossa, que Lorena incrível. Me abriu os olhos para algumas coisas. Se eu me tornar 1/3 dessa Lorena incrível, acho, na verdade sem dúvidas serei uma “Lorena” feliz!!!
Sou exatamente como essa Lorena, com menos idade, mais vivo a minha vida com a mesma intensidade, sem pensar no amanha, sem gostar do óbvio, saindo da rotina cada vez que ela tenta me sufocar!
Cara, essa Lorena acabou de mudar a minha vida!
ee lorena vc acabo de me descrever so que gosto de colorir