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O casamento do meu melhor amigo

Como foi que você conheceu o seu melhor amigo? Saberia me dizer? Aliás, você sabe me apontar quem ele é? Pode me dizer quem, entre tantos, você concede a honra desse título? Eu sei muito bem quem é o meu e, hoje, vou contar como tudo aconteceu. Era uma terça feira do verão de 1996, as férias escolares estavam acabando e eu ainda não tinha enjoado de usar o meu novo patins, presente do último Natal. Acho que passei todos os dias daquele janeiro com eles nos pés, disputando corrida e fazendo manobras com meu irmão Leonardo. Acontece que, certo dia, o Léo saiu com os meus pais e, então, passei a tarde patinando sozinho. Nossos pais sempre foram muito conservadores em relação a nossa criação e, por isso, demoramos alguns anos até termos a autorização para brincarmos na rua de casa. Naquela altura já podíamos, porém, a rua de cima continuava proibida. Como estava sozinho naquela tarde, decidi dobrar a esquina e conhecer o pessoal da rua 210. Aquela típica atitude da criança que acha que se tornar adolescente é ter coragem de descumprir regras. E que bom que tive essa coragem. Pois foi na rua 210 que conheci o Rômulo. Bermudão largo, camisa da Nike, boné do Charlotte Hornets e uma marca de patins obviamente mais cara do que os meus. Não sei dizer ao certo quem puxou assunto primeiro e nem por quanto tempo andamos, o que eu sei é que, para mim, é como se não tivesse tirado aqueles patins até hoje. Naquele dia o Rômulo me ensinou a frear utilizando as rodas, a pular os meio fios e qual desculpa ele costumava dar para conseguir escapar dos pais e vir para rua sem que eles percebessem também. E lá se vão dezenove anos e, depois disso, nunca mais parei de aprender com ele. O Rômulo me ensinou que irmãos nem sempre nascem da mesma barriga, que família nem sempre tem o mesmo sangue e que cerveja, quando bem gelada, até que é gostoso. Aprendi com ele a não ter preguiça de trabalhar pesado, de não ter medo de dizer a verdade, de me mostrar presente quando as pessoas que eu amo precisarem de mim. Difícil imaginar algum grande momento da minha vida onde ele não tenha tido nenhuma participação. Hoje eu precisei escrever para você, meu amigo. Escrevi te imaginando parado em frente ao altar. Nos olhos as lágrimas do garoto que eu conheci brincando na rua. No peito a bondade de quem é incapaz de virar as costas para quem quer que seja que precise de ajuda. Nos lábios o sorriso de quem esperou a vida inteira por esse momento. Eu sempre sonhei em ser jogador de futebol, morar em Nova Iorque, ver o Flamengo ser campeão brasileiro no Maracanã… Essas coisas que todo garoto sonha algum dia. O Rômulo não. O Rômulo sempre sonhou em se casar. E não digo “se casar” me referindo a cerimônia, a Lua de Mel ou nada do tipo. O meu melhor amigo sempre sonhou em ter uma família. Uma casa com quintal para os cachorros correrem. Uma churrasqueira e um freezer estrategicamente posicionados. Um gramado para as crianças brincarem. Uma mulher para chamar de sua. E é aí que apareceu a Brunna. Eu a conheci muito antes que o Rômulo a conhecesse, já que tínhamos amigos em comum e, vez ou outra, acabamos pegando a mesma van escolar. Mas, a verdade, é que só fui conhece-la realmente alguns anos depois. Quando conheci o seu coração. Quando ela perdeu o único irmão e a encontrei dias depois com o esse mesmo coração em pedaços, mas com o um sorrriso no rosto e nenhum tipo de ódio guardado. Ainda mais, quando ela pegou um metrô e atravessou a cidade do Rio de Janeiro inteira para ajudar a realizar o maior sonho de um cara que ela nem mesmo conhecia direito. Lembram do sonho que contei sobre o Maracanã? Então, esse daí vocês podem colocar na conta dela. Hoje esse coração bondoso tem dono e, tenho certeza, não poderia estar em melhores mãos. A noite de hoje será memorável. Estou aqui escrevendo e tentando imaginar a cena. Minha turma de amigos da 4ª série entrando na igreja como padrinhos. Alguns estão casados, outros já são pais. Os cabelos ralearam e alguns fios brancos já apareceram. Alguns mudaram bastante, outros continuam exatamente iguais. Como foi que passou tudo tão depressa? Meu melhor amigo, não podemos mais nos reunir no canto do pátio e ficar jogando pitchulas para cima como fazíamos naqueles tempos. Não podemos mais passar a tarde jogando futebol na área ou vídeo game no tapete da sala. Já não será mais possível roubarmos água de alguma floricultura no carnaval ou congelarmos andando de ônibus em Nova Iorque. Essa fase já passou. Infelizmente, não consigo mais estar ao seu lado e te ver todo dia. Que bom que aproveitamos tudo como deveríamos. Tenha a certeza que, esta noite, a minha felicidade é proporcional a sua. É que, de tanto te ver sonhar com esse dia, e por saber que era tão importante pra você, aprendi a também desejar que chegasse. Obrigado por ter feito a diferença tantas vezes na minha vida. Obrigado por ter me dado uma segunda família, porque é exatamente assim que me sinto quando estou junto a sua. Obrigado pela segurança de saber que posso te ligar a qualquer hora do dia ou da noite com a certeza que você vai parar o que for que estiver fazendo para vir ao meu socorro. Nunca duvide, nem sequer por um segundo, da nossa amizade. O seu sonho é real, meu irmão. A mulher dos seus sonhos apareceu, a sua casa já existe e a família está a caminho. Prometo ensinar ao seu filho tudo que te ensinei no futebol. Tenho certeza que ele vai gostar muito do tio Rafa. E, quando o seu filho te pedir para andar de patins na rua de cima, deixe-o ir. Coisas realmente incríveis podem acontecer.


1 de fevereiro de 2015

14 respostas para “O casamento do meu melhor amigo”

  1. Dimas de Medeiros disse:

    Sou seu fã cara. Aaaum como você Gosto muito de escrever e sinto o quanto você tem facilidade com palavras para q elas se embalem junto aos sentimentos. Gostaria um dia de poder sentar num café e conversar com você sobre todos os seus textos. Saiba q te admiro muito, mestre. Quabdo vier pelo Rio Grande do Norte, avise! Já quero seu livro. Abraço

  2. Maiara Oliveira disse:

    Que liiindo Rafa!!! Realmente é muito difícil ter uma amizade assim, tão especial… Um grande abraço e Felicidades Rômulo e Brunna!

  3. Você é o cara! Sou sua fã! Foi um prazer conhecê-lo! O livro é maravilhoso! Enfim, você é demais!!!

  4. Cecilia ferreira disse:

    É lindo e admiravel amizades assim. Está cada vez mais raro encontrar pessoas que dêem o verdadeiro valor a uma bela amizade. Vc é demais Rafael

  5. Fernanda Carvalho disse:

    Cara! Que lindo! Eu nem conheço vocês, mas eu acho que vocês dois tinham mesmo que ser amigos, melhores amigos! As melhores coisas da vida são mesmo as “nossas pessoas”. Obrigada por compartilhar parte de sua historia Rafael!

  6. Pedro Henrique Fonseca Maciel disse:

    Parabéns, sou seu fã, me identifico muito com todos os seus textos, até mesmo os que me coloco na história, porém esse realmente me tocou, uma amizade assim e incrível de se ver, felicidades aos seus amigos.

  7. Rosemary disse:

    Rafa, vi nos seus olhos enquanto apressava os passos no tapete vermelho , o brilho dos que carregam em si, a luz de saber amar, e é lindo isso!

  8. Gabriela Barcelos disse:

    Nossa Rafha, me emocionei. Que lindo. Amei, amei e ameeeei! Sou sua fã!

  9. ceyça Furtado disse:

    Nooossa… Consigo imaginar VC escrevendo minha história, é impressionante como è envolvente suas palavras, VC é um máximo! Bjsss

  10. “E, quando o seu filho te pedir para andar de patins na rua de cima, deixe-o ir. Coisas realmente incríveis podem acontecer.”

    morri de chorar =~~~~~~~~~~
    coisa mais linda <3

  11. Rafael César disse:

    Caraca velho! Lendo seu texto me lembrei na hora de um amigo de infância que é muito querido por mim. Um verdadeiro irmão de coração. E fiquei imaginando como será no dia em que ele se casar… ainda somos jovens, temos só 24 anos. Mas um dia ele vai se casar e ele já me disse que vou ser seu padrinho de casamento nem que seja amarrado! kkkkkkk
    Espero que ele seja tão feliz como seu amigo foi e é. E que nossa amizade seja tão forte ao longo da vida quanto a de vocês!!

  12. Kecya Alves disse:

    Oh Rafa , VC tem o divino dom de me fazer chorar. Achei lindo seu texto e tenho uma Amiga assim , minha Migga’ . Nos conhecemos na escola , e é minha irmãAmiga . Nem consigo imaginar minha vida sem ela. E achei lindo o texto. Obrigado Rafa sou sua Fã.

  13. Conheçam meu blog
    http://www.floreculturahoje.blogspot.com.br/
    PRÍNCIPE ENCANTADO
    Sabe o príncipe encantado? Ele não existe. Sabe o final feliz? Você foi consumindo aos poucos e ele agora, parece estar longe demais. Sabe aquela sensação de que tudo é péssimo pra você e melhor para os outros? Eu sei, estou querendo saber se você sabe. Então, ela parece corroer seu coração como uma ferrugem nesse momento. Sabe aquela pessoa que você imaginou sua vida ao lado dela? Olha lá, está passando do outro lado da rua fingindo que não te viu, talvez esteja ocupada demais com os sonhos que você sonhou ao lado dela quando deixou os seus de lado. E os amigos? Nossa! Parece que todos mudaram, menos você, claro. Estão todos diferentes, a maioria tem vergonha de falar bobagens engraçadas como antes. Sua família tentou te entender e realmente não conseguiu. Na tentativa, cometeu erros que podem ter comprometido sua vida pra sempre.
    Os dias são monótonos e você até tenta superar, fazer novos amigos, esquecer o passado, mas é tudo um porre e não dá pra parar de pensar. Maldito pensamento.
    E que não venham nos encher de teses, porque tudo passa, mas esperar até que pare de doer é sempre um problema e isso não muda nunca.

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