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Quem calou o Rock Nacional?

Me responda com sinceridade: qual foi a última vez que você escutou uma música nacional inédita que de alguma forma mudou sua vida? Uma música que você tenha se identificado, que te fez refletir, que te fez repensar alguns pontos de vista ou simplesmente te transformou de alguma forma? Não sei quanto a vocês, mas era exatamente assim que me sentia quando ouvia as bandas de rock das décadas de 80 e 90 tocarem, e isso já faz algum tempo que não acontece. Juro que da minha parte não existe nada contra os sertanejos, pagodes e funks que estão cada vez mais populares por aí, com as suas onomatopéias sexuais (creu, tcham, ai, lepo, tchuf, etc), carros possantes, bebidas e mulheres fáceis. Acredito até que esse tipo de música cumpre bem o seu papel, que ao meu ver é de pura e simples diversão, nada mais que isso. Não informa, não sensibiliza, não protesta. Cumpre a mais superficial das funções da música. Ideal para se ouvir bebendo no final de semana ou em uma balada com os amigos. Eu até entendo quem não goste, afinal algumas letras realmente chegam ao ridículo, mas acredito que esse tipo de música tem sim sua importância. Agora, deixar que esse estilo musical tome conta e ofusque todo o resto, me parece uma temeridade. O que esperar da geração do “Ai se eu te pego” e do “Lepo Lepo”? E olha que quem escreve esse desabafo é um sobrevivente (e dançarino) da geração “É o tchan”, “Leandro e Leonardo” e “Sandy e Júnior”, mas naquele tempo não era só isso. Tínhamos esse tipo de música, mas havia também muita letra de qualidade para se ouvir. Ao analisar outros estilos musicais, consigo enxergar alguma renovação interessante no Samba, MPB e no Rap nacionais que, mesmo que de uma forma discreta, ainda revelam novos nomes de qualidade. Até mesmo na cena eletrônica tem muito trabalho bem feito por aí. No entanto, em relação ao Rock, sinto que vivemos um hiato que já dura algum tempo. O rock nacional vem sobrevivendo de coletâneas retrô e de um ou outro sucesso que alguma banda veterana solta de vez em quando.  Sei que a cena do Rock não morreu, inclusive em algumas cidades ela continua muito forte, mesmo que muitas vezes tocando músicas do passado e produzindo pouco. Muitos dos que produzem, o fazem em inglês, o que particularmente me soa muito estranho. Na verdade, esse texto aqui é um pedido pra você que tem uma banda e um desejo. Pra você que tem uma voz legal e sabe tocar guitarra. Pra você que consegue transformar sentimento em melodia. Pra você, que assim como eu, ainda acredita que a música é uma das armas mais poderosas que existe. Se você se encaixa em algum desses perfis, então te faço um pedido: não desista do seu sonho! Sei que a banda que vai mudar esse marasmo já está por aí, fazendo barulho em alguma garagem ou festival alternativo. Acredito que lá em Santos deva haver um Chorão andando de skate e doido pra formar uma banda, um Renato Russo ou um Rodolfo revoltados com os escândalos de Brasília com sede de protestar, um Falcão sobrevivendo nas favelas cariocas, um Humberto vindo do Súl do País, uma baiana Pitty cansada de tanto Axé, uma Rita Lee perdida na noite de São Paulo, um Nando Reis ou um Samuel Rosa que uma hora ou outra vão surgir por aí. Sei que vão, e espero que não demore. Muito do que escrevo devo a esses e tantos outros nomes que fizeram a trilha sonora da minha adolescência, e espero de verdade que meu filhos tenham músicas dessa qualidade para escutar.


3 de abril de 2014

4 respostas para “Quem calou o Rock Nacional?”

  1. Nynna disse:

    Amém!! Que assim seja….
    Nosso tímpanos e bom senso agradecem. 😉

  2. Pedro disse:

    Excelente texto Rafael, realmente é difícil não desanimar com a situação da musica Nacional.. Sou musico, amante de rock, e o mercado para quem toca este estilo esta cada vez mais escasso. Espero que mude, nós precisamos disso.

  3. Michelle disse:

    Pra quem ama rock igual a mim, este texto reflete tudo o que sentimos e gritamos aos quatro ventos… sensacional!

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